sexta-feira, 4 de julho de 2014

Perdendo Peso: Contextualização e Resolução #1


Tal como referi neste post, uma das coisas que quero fazer em breve é perder algum (muito) peso, por todas as razões e mais algumas. Mas para perceberem um pouco a forma como este assunto me afecta, talvez seja melhor contar um pouco da minha história com o peso...

Eu sempre fui forte, desde que nasci; sempre estive acima do intervalo de peso considerado normal para cada idade e para a minha altura; a minha família achava "engraçado" que eu fosse uma criancinha rechonchudinha e tratavam de me alimentar bem, muito bem (em quantidade, não em qualidade, claro). E mesmo quando eu dizia que estava cheia, faziam-me comer tudo e, se fosse preciso, repetir...

Enfim. Aos 20 anos fiz uma dieta rigorosíssima e em 6 meses perdi uns bons 15 quilos; sentia-me bem, mas a família achava que eu estava muito doente! Tão doente que até me queriam internar porque eu estava "anoréctica" (na realidade, foi a única vez na vida que tive o peso correcto para a minha altura e estrutura óssea); tanto andaram, tanto andaram, que a minha mente quase se convenceu que eles tinham razão; como resultado, voltei a engordar (não imaginam a pressão que era; a minha relação com a comida voltou a ficar completamente distorcida).

Entretanto casei, tive a minha filha e consegui recuperar o peso que tinha antes da gravidez (excessivo, mas pelo menos era o mesmo de antes). E nos anos seguintes tentei várias vezes voltar a fazer dieta, sem sucesso. Há 4 anos, depois de ter o meu filho e de deixar de o amamentar, consegui alcançar a motivação e a força de vontade necessárias para perder peso. E perdi 20kg! Mantive esse peso cerca de um ano, até ser obrigada a deixar de trabalhar; nessa altura deprimi, e, claro, vinguei-me na comida. Voltaram os 20 kg e mais alguns.

E nos últimos 2 nos a batalha tem sido sempre ganha pela comida; e uso o termo "batalha" porque me sinto numa guerra... Mas não desisto! O percurso tem sido sempre em altos e baixos: durante umas semanas porto-me lindamente, faço tudo como deve ser mas, de repente ocorre um qualquer imprevisto (basta uma noite mal dormida, uma refeição não planeada fora de casa, qualquer coisinha de nada) e lá volto eu ao mesmo; desanimo, acho que o esforço não serve para nada, que os resultados não aparecem... E tudo, e tudo, e tudo.

Pois desta vez, a estratégia inicial vai ser diferente: não vou deixar de comer nada que me apeteça, não vou cingir-me a legumes e saladas como acompanhamentos; vou sim, começar (ou melhor, já comecei) a comer em pratos de sobremesa e proibir-me de repetir, além de fazer alguns jantares de fruta e iogurte (porque por vezes é mesmo o que me apetece comer). E já agora, juntar a aguinha diária, que não custa assim tanto.

E com o tempo, logo se vê se vai resultar em alguma coisa ou não. Para já, são 23kg para deitar abaixo.

5 comentários:

  1. Estarmos determinadas é meio caminho para que aconteça!
    Boa caminhada!

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    1. Obrigada!
      Desta vez vou fazer as coisas de outra maneira... Acima de tudo, vou ponderar bem as resoluções que for tomando e só vou pôr em prática aquelas que eu achar que consigo manter por tempo indeterminado, como esta de comer em pratos de sobremesa :)

      Um beijinho!

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  2. As famílias muitas vezes pressionam-nos de tal maneira que é impossível lutar "contra a maré". Ainda hoje ainda há quem pense que as crianças só são saudáveis quando são bem rechonchudas, quando a verdade é o oposto. E vejo isso na minha afilhada: em casa dela o cuidado com a alimentação é nulo, são ovos, fritos e açúcares refinados todo o dia, todos os dias, sem falar na quantidade das porções. Quando ela vem a minha casa tento dar-lhe sempre legumes, saladas e fruta e ela até gosta, não percebo porque é que em casa dela não fazem o mesmo. Enfim, muita força para essa luta e acima de tudo lembra-te que dieta não é igual a eliminar tudo o que se gosta, apenas reduzir :)

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  3. Vamos :)
    Devagarinho mas vamos. Ontem andei a passear pelo shopping e não gostei nada da minha silhueta nas montras.

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  4. Muita água (2 litros), reduzir quantidades do que faz mal e comer de tudo (nas proporções corretas, claro). Depois disso é NUNCA desistir. Mesmo que a balança não mostre o teu esforço não desistas. Essa é a chave do sucesso! Beijo

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